Hogao colombiano
Por volta das três da tarde, serviram outro almoço monumental, dessa vez com pratos típicos de Angosta: feijão preparado na véspera, a fogo muito lento, em fogão de lenha e panela de barro, com torresmos colossais e rodelas de banana-da-terra, largas e brilhantes como patacões de ouro, acompanhado de guacamole ou hogao – um refogado de tomate e cebolinha –, mais arroz branco, ovos fritos, paçoca de carne, cubinhos de banana madura; salada de repolho picado com tomate e cebola, linguiças, chouriços e arepas, tudo regado com a melhor cerveja de Angosta, espumante e amarguinha (como a vida), uma premium da costa só comercializada em dezembro, mas que o senador Potrero, por sua condição, conseguia o ano inteiro. Também as sobremesas foram típicas: queijo com melado, arroz-doce, ambrosia e doce de leite, acompanhados de postreras, quer dizer, leite ordenhado diretamente nos copos, na mesma manhã, com toda a nata boiando na borda e um leve sabor de capim fresco, de flores silvestres, tudo arrematado com café preto da região, torrado e moído na própria fazenda poucas horas antes.
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