Cozinha colombiana em 'Angosta' romance de Héctor Abad (2004)

Hogao colombiano

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Por volta das três da tarde, serviram outro almoço monumental, dessa vez com pratos típicos de Angosta: feijão preparado na véspera, a fogo muito lento, em fogão de lenha e panela de barro, com torresmos colossais e rodelas de banana-da-terra, largas e brilhantes como patacões de ouro, acompanhado de guacamole ou hogao – um refogado de tomate e cebolinha –, mais arroz branco, ovos fritos, paçoca de carne, cubinhos de banana madura; salada de repolho picado com tomate e cebola, linguiças, chouriços e arepas, tudo regado com a melhor cerveja de Angosta, espumante e amarguinha (como a vida), uma premium da costa só comercializada em dezembro, mas que o senador Potrero, por sua condição, conseguia o ano inteiro. Também as sobremesas foram típicas: queijo com melado, arroz-doce, ambrosia e doce de leite, acompanhados de postreras, quer dizer, leite ordenhado diretamente nos copos, na mesma manhã, com toda a nata boiando na borda e um leve sabor de capim fresco, de flores silvestres, tudo arrematado com café preto da região, torrado e moído na própria fazenda poucas horas antes.

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Angosta
Héctor Abad
2004

Hogao colombiano (Google Images)
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Héctor Abad é um escritor colombiano nascido em 1958, conhecido por seus romances e ensaios que abordam questões sociais e políticas na Colômbia e na América Latina. "Angosta" é um romance de Héctor Abad, publicado em 2003. O livro é escrito em uma linguagem poética e envolvente, que reflete a sensibilidade e a habilidade de Héctor Abad como escritor. Além disso, "Angosta" também é um retrato vívido e detalhado da Colômbia e de sua sociedade, e apresenta uma crítica sutil e perspicaz aos problemas políticos e sociais do país.